sábado, 26 de abril de 2008

1900 e dinossauro

Hoje eu queria ser nada,
nem muito, nem pouco...nada!
Mas "não ser" seria doloroso demais
pra quem tantas vezes "só quis ser"...
Sentir nada, nem dor, nem alegria...
Talvez uma anestesia neste louco coração.

Nem choro, nem riso ... Nem dia, nem noite.
Nem a favor, nem contra ... Nem eu, tampouco você!
A promessa do "pr'a sempre" já acabou
e isso era tão previsível...Quem me cegou?

Onde está aquela mocinha que tudo sabe?
E a auto-confiança apontando um futuro? "O fututo"!
A verdade é que te queria aqui, comigo...
Nem Deus, nem o diabo - você!
Talvez a mesma sonhadora não tenha resistido
a tantos planos despedaçados...
Quem sabe este seja apenas mais um entre tantos...
Talvez seja eu. Ah inferno amar, paraíso ser amado!

Não minta que se importa
nem peça desculpas pelo que não se explica...
A amargura torna impossível o perdão!
Com o tempo vão embora as feridas
mas cicatrizes, meu pequeno, essas ficarão...
E quando sou nada, sou,
mesmo que inesquecível pelos meus erros,
por ter te amado simplesmente...
Quando muda os personagens já não é a mesma história...

sábado, 19 de abril de 2008

"Você tem fome de quÊ?"

Alimentem as crianças, os pais das crianças e os avós das crianças...
Alimentem com pão, carne, feijão, arroz e café com leite...
Alimentem com conhecimento, não com suas ideologias egoítas...
Esqueçam os bons modos, o único que deve prevalecer é o bem tratar, o bem servir...Bons modos são artifícios que nos fazem esquecer dos que têm fome!
Salvem-os de suas míseras opiniões resultantes da ignorância e da violência!
Supra-os com a velha história, com a nova história, com qualquer história que seja verdadeira...
Façam valer o que ainda se pode chamar de caráter...
De esperança, meus caros, já tem muita gente morrendo engasgado!


quinta-feira, 17 de abril de 2008

Havia uma menina no ônibus, na imensidão do ônibus...
na imensidão do centro, na imensidão da cidade, na imensidão do estado, do país e do mundo...
E os seus olhos eram tão vagos que neles cabia a história de todas as eras...
Havia movimento em toda sua volta mas ela nunca estivera tão só..
Desde o crescimento da "globalização" e com a desglobalização que com ele veio, a menina de traços rudes, de mãos pesadas e corpo cansado já não sabia o que era ter ou ser...
Sua face deixava transparecer o medo que sentia...
Mas de quê? De quem?
Era medo de ninguém...de não ter alguém nunca mais...
A maneira como nos últimos anos a cidade, muito maior, parecia ter diminuído a assustava ...Era cruel a dependência das pessoas em relação ao centro capital..Aquele aglomerado de gente a fazia sentir até feliz por estar sozinha no ônibus, de saber que, de certa forma, aquilo ainda não a manipulava...
Tinha vontade de gritar suas verdades, mas como? Era apenas uma menina sozinha no ônibus e os jornais e revistas só ouvem aos que não se importam com quem está ali...
Sentiu-se, dentre mil princesas, a dona do ônibus e de cada centímetro percorrido por ele...
Ânsia, enjôo, coceira no nariz..era um misto de sensações que não sabia explicar...
Chegou ao ponto de parada - sua casa! Afinal, tudo em volta era vazio - o ônibus, o centro, a cidade, o estado, o país, o mundo e até mesmo ela!

domingo, 13 de abril de 2008

Sei sim o quanto ficastes em mim..
coisas que nunca vão cicatrizar...
Mas, mais que os momentos bons, prevalecem os ruins..
sei que em você também vou ficar...
Mas é assim que sempre acontece,
seja amizade, fingimento ou amor,
leva-se um pouco, deixa-se outro
e o tempo, meu bem, leva a dor...

Se agora sofro, amanhã não é nada...
Dos meus momentos não é o pior..
O que não quero fazer nessa vida
é insistir no que não dá mais certo,
acreditar que será bem melhor...

Se não nos fazemos bem nenhum, pra quê insistir?
se não dá certo vamos aceitar...
não, não te peço pra desistir tão menino de brincar de amar..

Mas se esqueça do meu endereço,
ligações suas não vou aceitar...
você não sabe o que é respeito
e nem sou eu quem vai lhe ensinar..
quem sabe a vida ou alguém mais paciente...
um outro alguém que saiba te esperar...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

"Mas quem sou eu nessa vida tão louca?"

Eu aqui, ouvindo pela décima vez "novamente" de Ney, venho humildemente justificar minha ausência no blog - Lapso de criatividade!
Nunca tive muita, mas agora a falta tá superando...
Quanto à minha viagem a João Pessoa, a cidade é linda e o Congresso reunia muitas pessoas interessantes e diferentes, porém, não aproveitei nem metade do que eu poderia (tenho meus motivos e, muito provavelmente, não são os que passaram agora por suas cabecinhas lindas...)!
Começaram enfim as aulas e estou me dedicando (nem tanto) às matérias que estão sendo dadas e ao projeto de sete barracas.
Estou pensando seriamente em fazer um projeto sozinha, nada muito grande, mas um assunto um tanto quanto ... delicado. Até lá vou fazer minhas obrigações, a começar por uma artigo científico sobre homosexualismo x homosexualidade, um tema que, na minha opnião, a partir do título já se restringe. Se fosse só um ou outro, imagino que as ramificações seriam muito maiores. Mas, enfim...
Acho que depois de dois copos de coca-cola, pães sabor salsicha¹ e dois chocolates, ninguém é mais alguém...
Vou ficando por aqui, eu, os chocolates e o Ney...
Até a volta de minha inspiração! Um cheiro!

sabor salsicha¹ - Maria Talita Nunes Bessa (não, ela não é um pão sabor salsicha, apenas inventou essa...).

terça-feira, 1 de abril de 2008