
É noite!
Fora Roseana Sarney! Ato público em defesa da democracia! Dia 30 de setembro, às 16h00. Saída da Praça de Fátima. |
Sob o domínio dos Sarney, o Maranhão é igual o da época do padre Antônio Vieira. É o Estado do M de mentir: mentir com palavras, com obras, com pensamentos.
Cinco décadas dos Sarney no poder e o Estado exibe 21,5% de analfabetos, 87% de casas sem acesso a rede de saneamento e 65% de pessoas dependentes de ajuda governamental para sobreviver. A primeira estação de tratamento de esgoto só foi inaugurada em 2001! Oito dos vinte municípios brasileiros com pior colocação no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento Humano estão no Maranhão. O mais pobre deles, Centro do Guilherme, se fosse um país, estaria posicionado internacionalmente entre o Quênia e o Haiti.
A luta contra a oligarquia Sarney é a luta dos povos por seus direitos e territórios! Do estudante, do professor, da quebradeira de coco, do quilombola, do trabalhador rural que sofre com o trabalho escravo, do indígena, do pequeno produtor sem terra. É a luta dos trabalhadores do campo e da cidade!
Sábio é quem disse que o difícil é sair da universidade!
Acordei cedo, ansiosa. Aguardava Paulo trazer a máquina da UFMA para tirar fotos de uma das pautas do jornal Arrocha.
Meu destino? "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias".
Lá fui eu, a pé. Aliviada (Paulo veio...).
Foi uma caminhada só. O sol? Uma benção!
Cheguei 5 minutos atrasada e o pessoal já cogitava um esquecimento provocado pela bebedeira do dia anterior. Engano!
Fomos recebidos por um bispo muito simpático, ainda jovem e de traços conhecidos. Logo descobri que é irmão de um amigo, o Mário.
E foi ele quem apareceu. Mário como sempre simpático nos recebeu muito bem e nos conduziu pelos organizados corredores do templo.
Fotos tiradas. Satisfação profissional? Talvez.
Mas voltei feliz, completa. Apesar do sol de meio dia e do pesado material que trazia na bolsa. Culpa de Mário! Vim pensando em nossa amizade desde o início do curso. Sempre muito atento. Sempre presente. Lembrei momentos em que ele esteve ao meu lado, do seu jeito sempre calmo e seus abraços acolhedores. Ele não é daqueles que sai abraçando a todos e nem a toda hora, é um rapaz reservado, centrado. Abraça-me então nas horas certas, as que mais preciso. Mário é desses que tem o dom de com um abraço e palavras carinhosas nos salvar de um barco em meio à tempestade.
Digo sincera que não recordo nesses três anos um só dia em que Mário olhasse com cara ruim, em que gritasse, em que tratasse alguém mal. É, sair da universidade, definitivamente, é complicado, trabalhoso, às vezes, doloroso. Seja pelo tempo e energia que nos suga, seja pelos amigos que deixamos temerosos por caminhos que não mais se cruzem.