Sentada, aguardo o peixe frito de seu Belarmino e observo as pessoas e o lugar. São homens, em sua maioria, e conversam distraídos para esquecer os problemas. Tem sido um passatempo bom nos finais de semana, seja pelo almoço, seja pela riqueza da história da Praça Doutor Antônio Regis, a praça da Metereologia.
Exatamente aqui, há 159 anos, Imperatriz nasceu. O que hoje é um hospital foi a primeira igreja, de Santa Teresa D’Avila, a padroeira do município. A cidade foi parida nesta praça. Meus pés pisam exatamente onde Manoel Procópio decretou que estas eram terras boas para se viver, as Terras do Frei.
A mando do presidente do Grão-Pará, Jerônimo Francisco Coelho, uma expedição desceu o Rio Tocantins em busca de um lugar onde pudesse criar uma colônia militar e evangelizar.
Religião e política foram as raízes de Imperatriz, que hoje abriga 247.553 pessoas (IBGE 2010) das mais variadas origens. Hoje, crescida, a cidade dividiu-se em velha e nova.
É este o cenário que descreve nossos alicerces. Da mesma forma, surgiram duas das principais e mais antigas praças locais, ainda quando a Imperatriz era menina. Fátima brotou da igreja. Cultura, da prefeitura municipal. Ambas para o povo. Eis a tríade, as três pontas de uma coroa lapidada pelo tempo.