quarta-feira, 29 de maio de 2013

Todo mundo pra natação!

No primeiro dia de março, haverá abertura dos Jogos Escolares Imperatrizenses no Estádio Frei Epifâio D’Abadia. E o que se verifica é o abandono de espaços criados para o fortalecimento das práticas esportivas. Como exemplo, temos as praças Mané Garricha e União, a Avenida Beira Rio, e ginásios como o do Parque das Palmeiras e o Fiqueninho.

De acordo com as denúncias feitas, a prefeitura já deixou de cumprir com patrocínios prometidos, o que resultou no cancelamento de jogos. O vereador Rildo Amaral assegurou que o Fiqueninho só serve para partidas de vôlei e o município, que não tem capacidade para construir uma quadra esportiva ou mesmo arrumar o placar do ginásio municipal, vai manter uma piscina que exige, no mínimo, R$15 mil por mês para manutenção.

O que se encontra mesmo são estruturas acabadas, banheiros imundos servindo como refúgios para moradores de rua (afinal, a cidade não oferece abrigo) e barras de apoio enferrujadas. Imagino como funcionarão essas academias públicas como a que está sendo construída na Beira Rio. A iniciativa é importante, mas é preciso se situar ao local que, inclusive, já foi bem mais bem cuidado e frequentado.

Este ano, o número de inscritos nos JEI’S corresponde a menos da metade de 2005. O próprio líder de governo alegou que as coisas não estão acontecendo do jeito certo.  Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer que não fechou com nenhum dos programas do Ministério do Esporte. Investir em certas coisas é luxo!

terça-feira, 28 de maio de 2013

O menino e a mão

7 horas. É quando o despertador deveria avisar que sobrevivi a mais uma noite. Mas às 6h45 ela grita. Histérica e, impreterivelmente, de segunda à sexta, ela esfola a garganta e acorda a mim, ao prédio, ao quarteirão, ao mundo. Não entende, aos 35 anos, o motivo de um adolescente demorar no banheiro. Esgoela pra que ele saia logo.


E esse tempo de sono me vale o dia inteiro. A dor de cabeça e a impaciência durarão muito mais que 15 minutos. Qualquer dia desses, ou enlouqueço, ou levanto ensandecida para explicar para ela e para quem mais não souber, mesmo com essa idade, a porra que ele faz dentro do banheiro.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Imperatriz volta a ter Feira de Artes criada na década de 80

Acontece, de 29 de junho a seis de julho, a XXIV Feira de Artes de Imperatriz.  Com patrocínio do Programa de Cultura do Banco do Nordeste, edição 2012, o evento propõe resgatar a importância regional que alcançou nos 24 anos contínuos em que aconteceu, até ser interrompido em 2005. 
 
A Feira, que foi encerrada por falta de apoio de instituições governamentais e não governamentais contará com exposição de uma média 40 artesãos, feita em parceria com a ASSARI (Associação dos
Artesãos de Imperatriz). Além da mostra permanente de fotografias de Vanusa Babaçu e recreação da Companhia Cata e Conta, às 18h, para as crianças.
 
Grupos culturais como Kizomba, Boi Valente e Batalhão Real se apresentarão, assim como duas atrações musicais por noite, alternando entre bandas e voz e violão. Entre os confirmados estão Melquíades Dissonante, Senzala, Lena García, Neném Bragança, Chico Brown, Washinton Brasil e Xote Xique. A iniciativa é das produtoras culturais Didi Praes e Nice Rejane.
 

terça-feira, 14 de maio de 2013

Fotografia

São 21. Três mulheres. Uma negra. A conjuntura responde à exclusão das mulheres dos espaços políticos, onde são colocadas apenas para cumprir uma reserva obrigatória de 30% das vagas para as eleições.

São dois pastores e há uma bíblia na mesa que, comumente, é lida no início das sessões, onde a laicidade do Estado é desrespeitada. Dia desses, encontrei um embriagado no boteco com a camisa desabo...toada. Que assim seja!

Cinco professores. Três votaram contra a própria classe, confundiram as profissões. Dois jornalistas. Trabalham ambos com um formato de programa que finge dar voz à população e só reforça a marginalização e preconceito com as minorias.

21 cadeiras brancas onde sentam 247.505 cidadãos imperatrizenses. Nos corredores da Casa, quem deveria pedir direitos pede dinheiro. De terça à quinta, paredes com ouvidos de cão. Nos outros dias, reúnem-se na sala de imprensa para assistir a qualquer coisa que não seja o jornal.

Incontáveis propostas, arquivadas logo depois de lidas. Quase tudo que é falado, logo cala. Fica guardado em vídeos sem vida. Passam mais tempo ofendendo inimigos e bajulando aliados que debatendo os problemas que a gente tem e o problema de nos faltar muita coisa. De que adianta tanto discurso e baixaria, tanto teatro, se tem tanto espaço vago na galeria?