7 horas. É quando o despertador
deveria avisar que sobrevivi a mais uma noite. Mas às 6h45 ela grita. Histérica
e, impreterivelmente, de segunda à sexta, ela esfola a garganta e acorda a mim,
ao prédio, ao quarteirão, ao mundo. Não entende, aos 35 anos, o motivo de um
adolescente demorar no banheiro. Esgoela pra que ele saia logo.
E esse tempo de sono me vale o
dia inteiro. A dor de cabeça e a impaciência durarão muito mais que 15 minutos.
Qualquer dia desses, ou enlouqueço, ou levanto ensandecida para explicar para
ela e para quem mais não souber, mesmo com essa idade, a porra que ele faz
dentro do banheiro.
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