sexta-feira, 29 de abril de 2011

Imperatriz não tem Lei de Cultura!

Nesta quinta-feira, 28 de Abril, o Fórum de Cultura de Imperatriz reuniu-se, às 19h, com o vereador Edmilson Sanches, no auditório a Uema - Cesi (Centro de Estudos Superiores de Imperatriz). Na ocasião, Sanches apresentou a minuta do Projeto de Lei Municipal de Cultura, escrita em fevereiro de 2010.




O historiador e músico, Carlos Leen, abriu o espaço lembrando que estamos com um problema grave e antigo de falta de fomento à Cultura em Imperatriz - "A gestão atual, bem como as anteriores, não está dando a devida atençã à àrea, desrespeitando Constituição Brasileira de 1988".





Edmilson Sanches resgatou a importância da cultura para um município, ressaltando a questão econômica e citando o exemplo da cidade de São Paulo, que tem a maior parte de seu Produto Interno Bruto (PIB) tirado de eventos e espaços culturais. Segundo Sanches, a base de um bom governo deve ser " obras e serviços com qualidade e transparência" e "ninguém nas outras gestões e na atual está preocupado com planejamento estratégico".





Após a exposição da minuta, os presentes decidiram ler o documento com calma e pesquisar outras leis de cultura para acrescentar ou modificar pontos que achem importantes. O Fórum volta a se reunir no dia 03 de Maio, às 19h na Uema, para debater as ideias levadas e montar uma proposta uniforme que será encamiha à Câmera Municipal de Vereadores e, posteriormente, sancionada pelo prefeito.







PS- O Fórum Municipal de Cultura é uma entidade da sociedade civil, que tem debatido as problematicas locais e trazer soluções para as mesmas. As reuniões são às terças, 19h, na Uema, e estão abertas a todos!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Eu, sujeito oculto

São estes, enfim, meus companheiros eternos - o papel e a caneta. Quando já não tenho ou não sei o que escrever, começo a riscar coisas desconexas (nomes, linhas, estrelas, universos inteiros) como se aqueles traços matassem esse desejo de extrapolar. Fica então essa herança mesquinha de uma multidão de cadernos rabiscados e folhas estragadas. Uma afronta ao Meio Ambiente - seja pelas árvores cortadas (como estas da Beira Rio, que me dão encosto neste momento), seja pela poluição das ruas sujas por picotes envergonhados que escapam das mãos dos garis. Uma afronta aos intelectuais, aos inteligentes, que vez ou outra são submetidos às minhas palavras imorais, sempre tão temperadas com exageros, pecados e obscenidades. Imundas.



Escrevo porque sou refém da textura da folha e dos traços das linhas. Ao jogar nela (a folha) meus segredos tolos, desmanchada, minha cor se faz tinta. É, de certo, sem explicação. Falo de tudo mas, para muitos que lêem (ou que não lêem), sou nada. Mimada, tento de alguma maneira provar com minhas orações, mal formadas, que posso ser sujeito de minhas escolhas, menos subordinada a esse mundo de aparências das palavras faladas, das verdades caladas.





http://www.ricardoalamino.com




(Este texto foi escrito a mão em um desvaneio de fim de tarde...)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Pétalas

Se há, em um jardim, centenas de flores, é de certo a rosa vermelha que chama atenção - talvez pelo perfume, pela maciez, qualquer coisa que tenha dado a esta espécie um quê de ser especial.





Nunca fui muito de rosas. São já tão queridas que imagino ser preciso amar as outras flores, os outros cheiros, as outras cores. Desde pequena, gosto dos girassóis - tão esparramados e sorridentes.





Lembro que em certa ocasião passei por um jardim de girassóis. Em êxtase, cheguei a sonhar que meu corpo faria morada ali ou que aquele perfume e energia se juntariam à ideia de liberdade e enraizariam em mim.





Inevitável comparar as flores às pessoas. Talvez o que mais atrai nas pessoas-rosas-vermelhas sejam os espinhos, a dificuldade que se tem para chegar às pétalas. Temos essa atração por quem nos magoa e depois afaga. Mas há, lógico, pelo caminho, pessoas-lírios, pessoas-copos-de-leite, pessoas-de-liz e até alguns amores-perfeitos, carnívoras, há ainda tantas pessoas que dão fruto...




Econtrei, há um tempo, uma pessoa meio assim (se é que se pode ser meio alguma coisa) - afastada, reclamona, triste. Pouco atraente, para mim. Deixei-a de lado, haviam tantas rosas. Mas nos aproximamos por um motivo qualquer desses que não se lembra nunca e eu a conheci cheia de encantos, segredos, vontades. Redescobri em seu sorriso e em sua cumplicidade que os espinhos não são pré-requisitos para uma amizade forte e verdadeira. Obrigada Larica, meu girassol!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Gozo

Os corpos tremiam. E que se fudessem as escatologias. Chupavam-se.
Era preciso estar perto, sentir a invasão das ideias, do corpo, e logo, das palavras. Confundiam-se.
Quando lhe mordia o pescoço, os dentes engoliam todo o corpo, que gosto!
O apertar das carnes quase lhes bastava. Arranhavam-se e gemiam, inquietos.
As mãos desciam e tudo achavam. Cediam e salivavam.
Os dedos faziam mágia - macios, rudes, rápidos, dedos mágicos.
Respirava, e até aquilo excitava. Eram animais- instintivos, sem domínio.
Gritaram e foram abafados por coisa qualquer, sem nome, sem forma.
Derreteram.

Alerta!

Pode parecer amadorismo, que seja! Quero ver é a voz do povo na rua. Desse povo que não cala, desse povo que não cansa. Que apanha, mas levanta, por saber que é bem pior aceitar ser refém deste governo opressor, desta polícia incoerente e violenta, desta mídia mentirosa e mascarada. É inevitável, temos que sonhar para viver! Temos sim, que ir às ruas até que o asfalto afunde com a marcha de nossos pés e que fure-se os tímpanos dos aproveitadores engravatados, dos latifundiários, dos assassinos de trabalhadores e crianças.







Não é fácil. Aprenderam a nos chamar de vagabundos - por acreditarmos em algo e por perseguirmos isso. Somos vagabundos por mostrarmos as caras, por gritarmos verdades, por lutarmos com armas que ferem, não o corpo, mas a alma de pessoas, que há muito, já têm a moral ferida! E que calem mil Josés e Marias, que virão, não mil, mas infinitos Joãos e Anas e dirão que BASTA!




Que riam, que nos chamem de ridículos, que vivam em suas redomas até que elas explodam! Nós choramos pela sua ignorância e nossas lágrimas hão, de um dia, arrancar a venda de seus olhos. Tudo morre, a fé não!






Hoje na UFMA, o grito de ordem dizia: Alerta!!!!!!!!!!! E eles sentados, balançavam suas pernas magras, de pouca caminhada. Mas o coração de quem milita bate mais forte que o tilitar dos ossos, que as frases de descaso. Se desfazem do que nunca viveram.






Amanhã, às 8h da manhã, nossos professores estarão na frente do Sindicato Municipal de Professores, gritando que basta de opressão, de exploração ao trabalhador. Queremos educação com qualidade, com respeito. Dia, 28, São Luís se concentrará na Praça Deodoro às 15h e dirá: Fora Sarney, Fora Roseana, Fora Castelo, chega! Fora Honoráveis Bandidos, chega!




As paredes da hipocrisia são fortes, alimentadas por esse não conhecer, por esse calar, nós sabemos. São fortes, mas não são inquebráveis.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Erecom 2012 sediado em Imperatriz

Já é certo! Imperatriz é sede do Encontro Regional de Estudantes da Nordeste 3 (Piauí, Ceará, Maranhão e aderentes, Pará e Tocantins) em 2012. Construído por estudantes e para estudantes, o Erecom já estava sendo planejada por uma pré-comissão pedagógica, mas nada era certo ainda.


A decisão foi tomada neste domingo de páscoa, 24, e defendida pelos representantes do Ma -André Wallyson, Antônio Wagner e Sáride Maíta no Corecom, espaço de avaliação do Encontro e debate e aprovação de propostas.



A priori, a ideia é trabalhar com a bandeira de Democratização da Comunicação, uma das principais da Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação - Enecos. O tema nasceu da rica história de nossas terras que, mesmo cheia de lutas e conquistas, tiveram por muitas vezes o povo calado por forças opressoras, como a polícia, a mídia de Sarneysta e outras.



Mesmo a passos lentos, a cidade mostra a que veio. Na última semana, a Uema foi sede do Encontro Regional de Estudantes de Biologia. Uma satisfação para quem já está já algum tempo constuindo junto ao Movimento Estudantil. Estamos, finalmente, assumindo a postura de uma região universitária? Chega de Congressos meia-boca, traremos discussões sérias e reais!



A delegação imperatrizense está voltando agora para casa, e traz na bagagem muito aprendizado e energia para construir um espaço especial para os estudantes de Comunicação, é fato. Já estamos encaminhados, quem participou da Semana do Calouro - SeCa, tem consciência de que não há mais tempo para brincar de fazer política.



Pretendemos, com o Erecom em Imperatriz, chamar atenção para a necessidade de descentralizar a notícia no Estado e de produzir comunicação de e com qualidade. A meta é receber uma média de 400 estudantes de todas as habilitações - Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Radio e TV, Jornalismo... Até a próxima Semana Santa!





Na foto: Pedrão,coordenador Geral da Enecos

quarta-feira, 20 de abril de 2011

É o que tem pra hoje!

Não tem o que fazer no feriado?

Hoje tem (...)

18h30 - Cine Muiraquitã. Local? Auditório da UFMA. Filme? Tampopo: os brutos também comem spaghetti.

19h00 - Reunião do Fórum de Cultura de Imperatriz. Local? Uema. Pauta? V Fórum de Cultura da Região Tocantia

22h00 - Calourada Geral. Local? Pátio da UFMA. O que tem? Forró Pé-de-serra com Cabrobró, sertanejo com Rogério & Gabriel e DJ. Quanto? R$5,00


*Mas, me chame, se você for:

-Assistir filme e comer pipoca e/ou brigadeiro;

-Beber um vinho na Beira Rio;

-Beber qualquer coisas em qualquer lugar;

-Conversar amenidades;

-Ouvir música;

-Essas coisas legais.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Calourada Geral da UFMA

Como não deu certo nem Teresina, nem Maceió, pelo menos não posso reclamar que não fui pra Calourada Geral da UFMA.


Vamos lá galera! Quem vai ficar em casa no feriadão, nos prestigiem. Pré-Lobão!


Esperamos vocês!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ao pessoal que construiu a SeCa

Boa tarde!

Ia postar aqui uma nota sobre a nossa viagem à São Luís (eu, Jana e Larica) mas melhor falar com elas antes até pq seria uma espécie de denúncia a determinada empresa e não só meu nome seria citado...Portanto, vou fazer algo mais leve, falar sobre algo bom. Até porque este blog está precisando, não é?

Passada a Semana do Calouro e todo seu estresse (não só da semana mas de tantas outras coisas que aconteceram simultâneas à ela), posso ver o lado positivo. Na verdade, já até estou acostumada com as brigas avassaladoras e com as mesas de bar que unem os mesmos personagens logo depois.

Mas uma conversa de mesa de bar, em particular, encheu meu coração. Sentei no velho Ponto Ideal (sem críticas, ok?) com meu amigo Jeff, do qual me aproximei muito nos últimos dias e conversamos sobre várias coisas...Relacionamentos que deram certo, ou não (Se bem que todo relacionamento dá certo enquando dura né?) e sobre a própria Semana do Calouro.

Durante a SeCa fui distribuindo tarefas para meus pupilos, coisas que eles nunca tinham feito e uma destas foi para o Jeff - facilitar um Grupo de Discussão sobre autonômia de DCE (Diretório Central de Estudates) no campus de Imperatriz. Percebi imediatamente o desespero de quem nunca tinha exercido aquela atividade. Desconfiado e sem jeito, Jeff veio me pedir ajuda, qualquer coisa pra ler...Me comprometi a ajudar.

Na correria da Semana e mesmo com as cobranças, não tive tempo para ir atrás do material. E eis que no dia o Jeff arrazou no GD (junto com o Carlos). Mesmo com poucas pessoas, o debate pegou fogo, todo mundo saiu sedento por mais, por correr atrás do prejuízo.

Jeff me deu (dentra tantas outras) duas alegrias: uma quando vestiu a roupa e conseguiu atingir um objetivo sozinho, por suor e honra próprios e outra, quando agradeceu dizendo que ninguém tinha feito por ele o que fiz: Acreditado que é capaz.

A Semana foi trabalhosa, fato. Sofrida até. Mas nada paga o Índio na Assembléia Geral dizendo que deve tudo que aprendeu ali a mim, nada paga o André mobilizando sozinho e maravilhosamente o pessoal para o Erecom, nada paga a Wyvvian superando nossa briga e trabalhando na Cultural, nada paga o esforço e o desdobramento da Larissa, a espera do Rafael para conversar comigo no momento certo, o Isac estando lá quando não tinha nenhuma obrigação, a praticidade do Vinícius (apesar do mau humor...), a presença constante da Help que até adiou as cervejas da tarde pra ficar na reunião. Nenhuma experiência substituirá a humildade da Carla e da Simone ao assumir que não deram o máximo de si ou a paciência do Leo em me aturar por tardes inteiras pressionando-o para terminar a arte. Até mesmo o abandono do Mário valeu à pena, pra lembrarmos que estamos sujeitos à isso, sempre.

À vocês, que construiram este espaço, obrigada! Nossos nomes estarão para sempre ali, lapidados pelo tempo e pelo nosso trabalho. Confio em cada um!

sábado, 16 de abril de 2011

Contenção

Se desmancho em lágrimas, nem sei se é paixão ou falta de orgulho. Talvez seja a falta do abraço que aparava, em seus ombros, as mágoas. O pranto hoje faz correnteza e preenche os vazios e as rachaduras do asfalto quebrado. Mas e o vazio do coração? Cada vez mais oco...vejo que em meu corpo, os sentimentos são água e sal, e se vão.

É agora incontrolável, conversar faz mal. Vontade de jogar tudo na parede - o computador, o celular (...)Tua voz corta meus tímpanos,, tua imagem fere meus olhos, teu toque quebra-me as pernas. Sou só feridas, enferma. Os urubus sobrevoam, mas sei bem que não podem engolir minha essência, pois ela (que deveria ser imutável) já não está em mim - um pouco em tantos outros, muito em ti.

Desconheço o começo das mentiras, dos enjôos, dos abusos. Não posso, porém, esquecer que não só aconteceram como, por diversas vezes, planejados, ocorreram. Deixo as lágrimas para as mesas de bar, para o tempêro da cerveja amarga. Ficam ainda para o espelho, é sempre bom se ver chorar, confortar a si mesmo.

A vida é contínua e a morte está à espreita (contraditório ou não). Vivo então, de tudo que sempre fui e sou, de músicas, livros, viagens, bebidas e das minhas rimas pobres. Um dia, quem sabe, quebro esse paradigma - terei alma mutável e já não mais coração.

domingo, 10 de abril de 2011

A dor de ser

Para quê se submeter a tudo? Por amor? Que amor é esse que humilha, magoa, faz mal? Falo de todos os tipos de amor - o de pai, mãe, irmão, amigos, namorado...Existe, enfim, qualquer amor que respeite e/ou aceite?

Já nem sei se quero amar. Esse amor egoísta, incompreensivo. Vejo esse tal de amor, tão repetido aqui, como um sentimento, acima de tudo, invasivo.

Entendi um dia que há dois tipos de viagem - a horizontal (corpo) e a vertical (quando a mente vai para outro lugar). Nesta viagem horizontal que fiz para São Luís, justo em busca de uma viagem vertical que me trouxesse paz, o que encontro é uma não viagem.

Corpo e mente querem estar aqui, em mim. E neste instante sou angústia e dor. E para ironia maior do destino, temo que o que me doa seja justamente a falta de amor. O meu nojo, de repente, é inveja.

Me sinto abandonada por todos (ou quase todos) meus amores. Só de tudo. Nem sei mais se já fui boa companhia. Se descreveram o que sou (ou), se me tornei o que descreveram.

Penso muito que é esse o castigo de não saber dar atenção nem mesmo pelos que tenho mais carinho. E se me vêem assim - cínica, burra, vazia e sem amor, para meu martírio, eu os tenho como espelho.

domingo, 3 de abril de 2011

A dança

Estávamos todos lá. Todos corpos. E os pensamentos? Onde estavam? Em que lugar estávamos?

Por tanto tempo houve o conformismo, este mesmo que nos fez acreditar que estava tudo bem. Que eramos felizes. Não eramos, não mais. Que haja então o respeito por todos os momentos em que estivemos. Erramos.

O amor existiu. Mas extinguiu. Os corpos já não se fundiam, a mente já não adivinhava os desejos. Caímos no marasmo do ser, por ser. Do não estar. Fica o amor, cada momento, cada dor. Até o gosto das lágrimas parece saudoso agora. Seria mais se já não houvessem lágrimas. Mas há.

E de que são então? Saudade, amor, medo, arrependimento, liberdade. Qualquer coisa que não se explique. A música simplesmente parou de tocar e é preciso entender que não se dança no silêncio.