Depois de tudo, me procurar para conversar. Aceito. Sou cordial e esqueço fácil, bem sabes. Assim, volta como se tivesse viajado uns dias e esquecido de telefonar para avisar deixou a comida no microondas. Se te falasse a verdade, que pouco me importa esclarecer ou não as coisas que nem sei que coisas são, dirias que guardo mágoas e lamentarias a demora.
Acontece que faz um tempo que não penso em ti e que, mesmo o teu nome ou tua presença, já não incomodam. Não é que mudou o que vivemos. Fico muda se perguntas as novidades. Tampouco falo das alterações que, inevitavelmente, sofremos. Apenas são universos tão desconexos.
Nessas reviravoltas, pode ser que um dia a gente ainda se encaixe, pode sim. Acho bonito isso das pessoas se caberem. Mas não há cabimento algum entre nós. Posso, como antes, te escrever palavras bonitas. Nem imaginas quão poético pode ser o vazio. Rabisco mais uma “ode” ao teu retorno hipócrita, que não passa desapercebido por tantos que ainda tenho por perto. Mas devo confessar que não sinto verdade em tuas declarações, acredito que mais por não compartilhar delas que por serem falsas.
Fumo um cigarro atrás no outro esta noite e não há um trago que seja teu. Não quero machucar, pouco importa. Pensas, provavelmente, que respondo fria, que tento ser cruel, pouco importa. Não há aí um esforço sequer.
Sou ainda piegas, mais que antes. Quero para sempre os amores e os amigos. Mas são sempre novos os amores e os amigos. Renovam-se. Desculpa não te querer. O não querer dói uma dor com a qual se sobrevive melhor. O não ser querido é desconcertante. Só tenho a te oferecer um nervo adormecido.
Sou desejo e culpa. As luzes faltam do outro lado da rua enquanto escrevo asneiras debaixo do ventilador. Hoje, os bêbados se embriagam e não estou lá. Amanhã, ou depois, estarei. Sem a tua presença ou a dos vizinhos e de suas crianças barulhentas. Hoje, a vista é horrorosa da varanda, e a carga nas minhas costas é densa de saudades de quem se encaixa em mim. Uma dose de humanidade, por favor. Fraca! Não estou bem, mas estou bem melhor assim.
Acontece que faz um tempo que não penso em ti e que, mesmo o teu nome ou tua presença, já não incomodam. Não é que mudou o que vivemos. Fico muda se perguntas as novidades. Tampouco falo das alterações que, inevitavelmente, sofremos. Apenas são universos tão desconexos.
Nessas reviravoltas, pode ser que um dia a gente ainda se encaixe, pode sim. Acho bonito isso das pessoas se caberem. Mas não há cabimento algum entre nós. Posso, como antes, te escrever palavras bonitas. Nem imaginas quão poético pode ser o vazio. Rabisco mais uma “ode” ao teu retorno hipócrita, que não passa desapercebido por tantos que ainda tenho por perto. Mas devo confessar que não sinto verdade em tuas declarações, acredito que mais por não compartilhar delas que por serem falsas.
Fumo um cigarro atrás no outro esta noite e não há um trago que seja teu. Não quero machucar, pouco importa. Pensas, provavelmente, que respondo fria, que tento ser cruel, pouco importa. Não há aí um esforço sequer.
Sou ainda piegas, mais que antes. Quero para sempre os amores e os amigos. Mas são sempre novos os amores e os amigos. Renovam-se. Desculpa não te querer. O não querer dói uma dor com a qual se sobrevive melhor. O não ser querido é desconcertante. Só tenho a te oferecer um nervo adormecido.
Sou desejo e culpa. As luzes faltam do outro lado da rua enquanto escrevo asneiras debaixo do ventilador. Hoje, os bêbados se embriagam e não estou lá. Amanhã, ou depois, estarei. Sem a tua presença ou a dos vizinhos e de suas crianças barulhentas. Hoje, a vista é horrorosa da varanda, e a carga nas minhas costas é densa de saudades de quem se encaixa em mim. Uma dose de humanidade, por favor. Fraca! Não estou bem, mas estou bem melhor assim.