Entediada, pintei o céu de vermelho pra ver se mudo de sorte fazendo do dia, noite.
Assim, podia manter em mistério se a fumaça guardada no pulmão é do último trago de cigarro ou da chaminé da cerâmica que acaba de apagar.
Usei papel celofane laminado vermelho para que as terça-ferias comecem mais tarde e, ainda assim, aconteçam.
O lado prateado fica virado para fora, para o sol. Para que fira os olhos de qualquer um que ouse entrar neste mundo meu pela porta errada, mesmo que com convite. Dessa forma malandra que a gente tem de querer curiar sem meter as mãos e a cara.
Na transparência, as reentrâncias do passado. Vejo uma nova garota pendurada no pescoço do homem que foi meu. Enquanto ele se estica para ver-me, afasto em adeus. Observo meu vulto ficando diminuto nas lentes dos óculos, tão acessórios quanto a menina no pescoço.
Findo como os outros, na mais estúpida interpretação. Sempre haverá a certeza prepotente de que além do vidro, da grade e do papel celofane laminado vermelho, e apesar de toda a fumaça, o céu é azulzim.
Assim, podia manter em mistério se a fumaça guardada no pulmão é do último trago de cigarro ou da chaminé da cerâmica que acaba de apagar.
Usei papel celofane laminado vermelho para que as terça-ferias comecem mais tarde e, ainda assim, aconteçam.
O lado prateado fica virado para fora, para o sol. Para que fira os olhos de qualquer um que ouse entrar neste mundo meu pela porta errada, mesmo que com convite. Dessa forma malandra que a gente tem de querer curiar sem meter as mãos e a cara.
Na transparência, as reentrâncias do passado. Vejo uma nova garota pendurada no pescoço do homem que foi meu. Enquanto ele se estica para ver-me, afasto em adeus. Observo meu vulto ficando diminuto nas lentes dos óculos, tão acessórios quanto a menina no pescoço.
Findo como os outros, na mais estúpida interpretação. Sempre haverá a certeza prepotente de que além do vidro, da grade e do papel celofane laminado vermelho, e apesar de toda a fumaça, o céu é azulzim.