quinta-feira, 17 de junho de 2010

*

Ao longo da vida já foram muitas as perdas,
alguma irremediáveis, dolorosas, inesquecíveis.
Outras superáveis ou suportáveis, talvez.

Mas sei que só se perde o que se tem
e se tive, que feliz fui
Guardo ainda na lembrança o elo
menos tangível, nem por isso menos verdadeiro

Os amigos que se desprenderam,todos foram sem adeus
Soltando-se devagarinho, sem despedida ou tristeza
Quando vi já não estavam mais, já não eram...

Ficaram só os improváveis, os de última hora
Raros persistiram e para os raros digo adeus todo dia
Para que não cometamos o mesmo pecado de ir sem abraçar,
para estes digo adeus na esperança de que fiquem


*Pena que não pude me despedir do abraço amigo de quem me ensinou a simplicidade de deixar livre, de aceitar que a partida é inevitável e bela.

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