terça-feira, 22 de março de 2011

A vida pelo luxo

Vi no blog do Mestre Ed Wilson que o fazendeiro Adelson Veras de Araujo, (ir)responsável pela morte de dois (e provavelmente mais) peões de sua fazenda ganhou (leia-se comprou) sua liberdade. Nessas terras impunes que são as nossas, nada duvido que outros abusos sejam cometidos (e haverão de ser) por este "senhor" e que ainda assim a decisão permaneça.

São poucas as pessoas que têm peito para enfrentar os "donos do mundo" e a justiça parece castigar aos trabalhadores que, como se não lhes bastasse a rotina bizarra (muitas vezes marcada pelo trabalho escravo) a que são submetidos, pagam aos exploradores com sua vida (que é vivída com péssima qualidade). Terão sido em vão estas mortes?

Trata-se aqui da vida como se esta fosse moeda de troca (e quão pouco valem estas vidas!) e nosso solo, que já chora sangue de outrora (Operação Tigre, Pistolagem e a própria luta pela terra) é ainda, em plena "pós-modernide" (cinismo), encharcado e vermelho. De que lado se está? De que lado se pode estar? De uma forma ou outra, escolhe-se a vida. Não necessariamente, a sua.



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