Havia uma menina no ônibus, na imensidão do ônibus...
na imensidão do centro, na imensidão da cidade, na imensidão do estado, do país e do mundo...
E os seus olhos eram tão vagos que neles cabia a história de todas as eras...
Havia movimento em toda sua volta mas ela nunca estivera tão só..
Desde o crescimento da "globalização" e com a desglobalização que com ele veio, a menina de traços rudes, de mãos pesadas e corpo cansado já não sabia o que era ter ou ser...
Sua face deixava transparecer o medo que sentia...
Mas de quê? De quem?
Era medo de ninguém...de não ter alguém nunca mais...
A maneira como nos últimos anos a cidade, muito maior, parecia ter diminuído a assustava ...Era cruel a dependência das pessoas em relação ao centro capital..Aquele aglomerado de gente a fazia sentir até feliz por estar sozinha no ônibus, de saber que, de certa forma, aquilo ainda não a manipulava...
Tinha vontade de gritar suas verdades, mas como? Era apenas uma menina sozinha no ônibus e os jornais e revistas só ouvem aos que não se importam com quem está ali...
Sentiu-se, dentre mil princesas, a dona do ônibus e de cada centímetro percorrido por ele...
Ânsia, enjôo, coceira no nariz..era um misto de sensações que não sabia explicar...
Chegou ao ponto de parada - sua casa! Afinal, tudo em volta era vazio - o ônibus, o centro, a cidade, o estado, o país, o mundo e até mesmo ela!
na imensidão do centro, na imensidão da cidade, na imensidão do estado, do país e do mundo...
E os seus olhos eram tão vagos que neles cabia a história de todas as eras...
Havia movimento em toda sua volta mas ela nunca estivera tão só..
Desde o crescimento da "globalização" e com a desglobalização que com ele veio, a menina de traços rudes, de mãos pesadas e corpo cansado já não sabia o que era ter ou ser...
Sua face deixava transparecer o medo que sentia...
Mas de quê? De quem?
Era medo de ninguém...de não ter alguém nunca mais...
A maneira como nos últimos anos a cidade, muito maior, parecia ter diminuído a assustava ...Era cruel a dependência das pessoas em relação ao centro capital..Aquele aglomerado de gente a fazia sentir até feliz por estar sozinha no ônibus, de saber que, de certa forma, aquilo ainda não a manipulava...
Tinha vontade de gritar suas verdades, mas como? Era apenas uma menina sozinha no ônibus e os jornais e revistas só ouvem aos que não se importam com quem está ali...
Sentiu-se, dentre mil princesas, a dona do ônibus e de cada centímetro percorrido por ele...
Ânsia, enjôo, coceira no nariz..era um misto de sensações que não sabia explicar...
Chegou ao ponto de parada - sua casa! Afinal, tudo em volta era vazio - o ônibus, o centro, a cidade, o estado, o país, o mundo e até mesmo ela!
Um comentário:
hmmm
se não fossem os traços rudes, as mãos pesadas e corpo cansado eu juro que podia ser eu... oO'
vc me surpreende a cada dia!
parabéns!
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