sábado, 26 de abril de 2008

1900 e dinossauro

Hoje eu queria ser nada,
nem muito, nem pouco...nada!
Mas "não ser" seria doloroso demais
pra quem tantas vezes "só quis ser"...
Sentir nada, nem dor, nem alegria...
Talvez uma anestesia neste louco coração.

Nem choro, nem riso ... Nem dia, nem noite.
Nem a favor, nem contra ... Nem eu, tampouco você!
A promessa do "pr'a sempre" já acabou
e isso era tão previsível...Quem me cegou?

Onde está aquela mocinha que tudo sabe?
E a auto-confiança apontando um futuro? "O fututo"!
A verdade é que te queria aqui, comigo...
Nem Deus, nem o diabo - você!
Talvez a mesma sonhadora não tenha resistido
a tantos planos despedaçados...
Quem sabe este seja apenas mais um entre tantos...
Talvez seja eu. Ah inferno amar, paraíso ser amado!

Não minta que se importa
nem peça desculpas pelo que não se explica...
A amargura torna impossível o perdão!
Com o tempo vão embora as feridas
mas cicatrizes, meu pequeno, essas ficarão...
E quando sou nada, sou,
mesmo que inesquecível pelos meus erros,
por ter te amado simplesmente...

Um comentário:

Carlos Leen Santiago disse...

chamei de meus verdes anos aquela epoca em que chegando da escola atirava a bolsa em cima da cama, colocava um disco de vinil na meu aparelho de som e da janela de meu quarto ficava a olhar a noite se aproximando , com uma revista nas maos adormecia junto com a musica que entrava nos meus ouvidos e me fazia viajar por entre outras levezas do ser.
algo assim tao subjetivo tem uma razão de ser chamado de "de meus verdes anos" assim como deve ter uma razão para a poesia que ora se faz lida, não a razão pragmatica exata, racional. Mas uma razão dos mundos do sonho e da personalidade , que só a nos pode ser justificado, ampliando - nos e modificando-nos , e fazendo lembrar de tantas epocas que ja passaram. nostagia? talvez,,
filosofia? um pouco,
poesia? com certeza.