terça-feira, 28 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Ih, legal!
terça-feira, 30 de novembro de 2010
IV Simpósio de Comunicação da Região Tocantina
Grupo Batalhão Real, da Dona Francisca do Lindo - Lançamento do CD do Grupo
Música eletrônica – Forró Pé de Serra, Samba e Reggae / Música Regional
Dia 2 (Quinta-feira) – NOITE PRATAS DA CASA – TALENTOS DA UFMA
Marcela e Anderson – MPB
Mário Lima – MPB
Rebeca Avelar – MPB
Jéssica Ruane – MPB
Sandes – do Crafter
Música eletrônica – POP rock
Dia 3 (Sexta-feira) – NOITE DO HIP HOP – A ARTE NA POLÍTICA
DJ – Marcos 8h
RAPPERS - Fábio Bonfim – 8h
COLETIVO ARTE ALTERNATIVA – Patrick
MOVIMENTO OCUPARTE –
MOVIMENTO CUFA
Skatistas
Música eletrônica – POP rock, dance
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Peça teatral faz sérias acusações à Vale no Maranhão e Pará
-Açailândia hoje é cercada por plantações de eucalipto e já sente impactos ambientais na ausência de animais como o pássaro jacu e de árvores como a palmeira do açaí. Devido à poeira e fumaça causada pela cerca de 70 fornos da Vale, os moradores do Assentamento Califórnia, localizado a aproximadamente 800 metros das carvoarias, reclamam de problemas respiratórios, de pele e vista;
-Em Alto Alegre do Pindaré o caso é delicado. Os trilhos cortam o município ao meio e a população fica impedida de atravessar os trilhos enquanto o trem passa. Apressados para cumprir seus compromissos ou, muitas vezes, embriagados, os moradores passam por baixo do trem parado e muitas vezes são esmagados e arrastados a longas distâncias. “Em 2007 foram contabilizados 23 mortos, em 2008 foram registradas nove mortes e nada menos do que 2860 acidentes (www.justicanostrilhos.org/nota/590)”;
-“Presa de Porco nos deixou doentes”, afirma Xico Cruz, o diretor do espetáculo. Segundo Cruz, os porcos estão para o município como as vacas estão para a Índia e a proliferação de ratos e baratas é enorme, além da água estar poluída e imprópria para o consumo;
-No caso de Parauapebas, a peça aborda as promessas de emprego não cumpridas, afirmando que há um grande número de pessoas que se deslocam para o município acreditando em um emprego estável para o sustento da família, mas ficam de fora por não ter mão de obra qualificada. Desempregados e sem renda para ir para outros lugares, as famílias constroem casas na beira do rio, que ficam cerca de seis meses alagadas;
- Por último, é citada a cidade de Marabá, conhecida por sua mistura de brancos e índios. Segundo levantamento feito em 2009 pelo Ministério da Justiça e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Marabá é a segunda cidade mais violenta do Brasil. O espetáculo encena a sina de pessoas que, sem local para fixar moradia ocupam fazendas e são mortos por pistoleiros.
Xico Cruz coloca a dificuldade de se criar um espetáculo politicamente engajado “Há interferência da entidade na linguagem e nas características da peça, eu preparava o texto e eles (Combonianos) liam e aprovavam junto à comunidade”. Apresentada em Marabá e Buriti, os atores falam que “as pessoas querem que coloque mais coisas”. Vanusa Babaçu, ativista social, assistiu “Que trem é esse?” e lembrou a importância do povo fiscalizar essas indústrias que estão instaladas ou em processo de instalação em nossa região e falar sobre o que presencia. Com uma exposição fotográfica que também traz fragmentos do tema, Babaçu é firme - “o teatro é um espaço de denúncia que precisamos conquistar”.
*A exposição de Vanusa Babaçu está na Semana H de História, que vai até o dia 26 deste mês na Uema, campus de Imperatriz.
Publicado também em: www.imperatriznoticias.com.br
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Do livro: Presságio
Canção do mundo
perdida na tua boca.
Canção das mãos
que ficaram na minha cabeça.
Eram tuas e pareciam asas.
Pareciam asa
que há muito quisessem repousar.
Canção indefinida
feita na solidão
de todos os solitários.
Os homens de bem
me perguntaram
o que foi feito da vida.
Ela está parada.
Angustiadamente parada.
O que foi feito
da ternura dos que amaram...
Ficou na minha cabeça,
mas tuas mãos que pareciam asas.
Que pareciam asas.
"A simbologia das mãos e o tema da morte."
Hilda Hilst (não pornográfico)
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
O banquete do castelo de pedrinhas dos Sonhos Perdidos
A rainha de copas ordenou: Cortem as cabeças!
E lá estavam elas, cabeças rolantes pelo castelo de pedrinhas dos Sonhos Perdidos.
Mas os olhos não se voltaram para a rainha, toda a elite do reino culpava os decapitadores pelo serviço de “limpeza”.
Afinal, só eram decapitadores aqueles considerados perigosos, malvados, que podiam tirar o capital e a paz da igreja, da mídia e das famílias de bem. Estavam cortando suas próprias cabeças.
O bobo da corte lia a tudo no jornal de época mas nem deu atenção, ansiava pelo folhetim que viria depois, esse sim, importantíssimo!
Aqueles decapitadores sujos e fedorentos estavam bem treinados para cumprir seu papel animalesco – por muito tempo andavam reclusos nas torres do castelo, jogados como ratos e com os ratos, comendo lavagem, apanhando dos guardas do castelo, os sempre tão viris e honrosos guardas.
Enquanto isso o rei estava sentado em seu trono em frente ao mar, lambuzando seu vasto bigode com a coxa roliça de um porco fétido que morrera decapitado. O sangue preto e podre do porco assassino (e assassinado) escorria e era lambido do canto da boca.
Até tinha umas moedas de ouro para que as terras do castelo de pedrinhas dos Sonhos Perdidos não se sujassem tanto. Afinal, as filhas e netas dos donos do Porto do Mar, localizado à beira do reino, não podiam sujar as barras de seus vestidos. Mas houve algum descaso qualquer, o rei tinha esse certo vício de roer ossos e comer vísceras. Era então um bom sinal, com todas aquelas moedas e todas aquelas cabeças era certo que à noite ia ter banquete, com direito a cabeças com maçãs na boca e vinho com gosto de sangue.
Pobres dos escravos, que perderam as mãos e línguas (no lugar das cabeças), e ainda eram obrigados a servir as iguarias.terça-feira, 9 de novembro de 2010
As coisas que o homem tem
Imperatriz recebe pacientes com câncer de toda a Região
São 3200 casos de câncer registrados na Unidade de Tratamento de Câncer em Imperatriz (UTC), como aponta o levantamento feito em Setembro deste ano. A Unidade de média complexidade (que só não atua em procedimentos mais difíceis como a neurocirurgia) é a única da Região e atende pessoas do Pará, Tocantins e de todo o sul maranhense em uma maratona mensal de 500 consultas, 300 quimioterapias e 60 cirurgias, fora exames e pequenos procedimentos.
Segundo o gerente administrativo da UTC, José Walmir Oliveira, o fato de 1/3 dos portadores de câncer chegar ao hospital em estágio bastante avançado se deve à falta de informação pois, normalmente, são pessoas de baixa renda, vindas do interior. “Muitas vezes não fazem o preventivo e descobrem no exame de rotina. As mulheres buscam mais tratamento que os homens, o que explica a maioria dos pacientes serem senhoras”. Os tipos mais registrados são os de mama, próstata, pele e colo do útero.
Em funcionamento há quatro anos e atendendo pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital São Rafael, o setor de oncologia promove também a prevenção ao câncer através do projeto Um sábado sem câncer, que faz visitas aos bairros dando informações sobre a doença e promovendo consultas e exames. Em datas comemorativas os funcionários, em parceria com a Associação de Amparo aos Pacientes com Câncer da Região Tocantina (Ampare), costumam fazer blitz. Agora em Outubro, mês internacional contra o câncer de mama, houve uma passeata (dia 30), com saída da Praça de Fátima às 8h00 da manhã, trajeto pelas principais ruas comerciais da cidade e distribuição de camisetas.
A prática da humanização
“O câncer é uma doença de morte eminente e por isso já traz um grande peso. O luto às vezes ocorre de forma antecipada e acaba afastando inconscientemente os familiares”. Essa afirmação é da estudante de enfermagem, Thalita Christine, que está em um projeto que aposta em atividades lúdicas (brincadeiras e jogos) para melhorar a qualidade ou até prolongar o tempo de vida dos pacientes internados no UTC. Fernanda Ketlen, outra estudante envolvida no projeto coordenado pelo professor Doutor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) - Marcelo Donizetti, diz que atualmente só é tratada a doença e a pessoa é deixada de lado. “O paciente deve ser visto como um todo – físico, emocional e espiritual. Atualmente isso não acontece. A desculpa é que o tempo é pouco e os pacientes muitos”.
Oliveira lembra que não é fácil esse relacionamento entre médicos, enfermeiros, técnicos e pacientes. “Tem que existir o limite do profissional, até onde se deve ir em respeito ao paciente? Não dá para ser muito frio mas também não se pode exagerar”.
Esse processo de humanização é fundamental diante de um quadro de 10 a 15% de pacientes em cuidados paliativos, ou seja, cuidados que apenas adiam a morte. A mãe da universitária Camila Castro, de 20 anos, faleceu recentemente de um câncer de mama do tipo metástase, que implica na formação de novos tumores a partir de outro. A estudante diz que no período de pouco mais de um ano entre a descoberta da doença e a morte da mãe, muita coisa mudou em sua casa e que isso foi fundamental para prolongar o tempo de vida. “Minha avó e ela pararam mais de brigar, mudaram os hábitos alimentares e eu passei a dar mais atenção pra ela. Do meio pro fim, os irmãos todos vieram visitar, ligavam mais e ela se sentia muito melhor. Já é difícil enfrentar essa doença maldita, as pessoas ficam frágeis, precisam sentir que vale à pena!”
Procedimentos de prevenção e tratamento
Perante a realidade, é necessária a urgente conscientização popular e a informação sobre os procedimentos até chegar no hospital. Antes de tudo, a prevenção é o primeiro passo para saber se está tudo certo Caso haja algo errado, o ideal é que seja descoberto o quanto antes. “O paciente normalmente vem encaminhado do posto de saúde ou de clínicas (públicas ou particulares”, afirma Oliveira. Para o hospital, a pessoa deve levar a biopsia, um comprovante de endereço, o CPF, a identidade e o cartão do Sus. A partir daí é feita a triagem e ele sabe qual o procedimento ao qual será submetido. Passa então por uma palestra de orientação com a psicóloga, a enfermeira e o gerente administrativo. Nessa palestra são mostrados vídeos falando sobre as instalações, os procedimentos da quimioterapia e suas conseqüências e tiradas as dúvidas.
O UTC só faz tratamento com quimioterapia mas já está em construção no bairro Ouro Verde uma clínica que trabalhará com radioterapia, para alguns casos mais complexos. A clínica também atenderá pelo Sus e ficará próxima à sede da Ampare, que oferece estadia aos pacientes de baixa renda, que não residem em Imperatriz.
Curiosidades Algumas das dúvidas mais constantes dos portadores de câncer são em relação à queda de cabelo, vida sexual, contagio da doença e alimentação. As respostas são relativas, depende muito do tipo de tratamento ao que o paciente será submetido. Daí a importância de conversar com o médico e sua equipe. É importante saber, antes de tudo, que a doença não é contagiosa mas que no caso de tratamento através da radioterapia, por exemplo, deve-se evitar o contato com crianças, idosos, gestantes e pessoas mais sensíveis pois o corpo erradia o produto usado por uma média de 15 dias após a sessão. A alimentação, a vida sexual e a queda de cabelo dependem muito dos produtos que estão sendo usados. Em alguns casos, nada disso é mudado na vida do paciente. |
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Ruptura
sábado, 16 de outubro de 2010
Natimorta
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Apo(ca)lí(p)tica
domingo, 10 de outubro de 2010
Pedaços
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Sufoco em ti
É noite!
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Se corro muito, morro logo...
Fora Roseana Sarney! Ato público em defesa da democracia! Dia 30 de setembro, às 16h00. Saída da Praça de Fátima. |
Sob o domínio dos Sarney, o Maranhão é igual o da época do padre Antônio Vieira. É o Estado do M de mentir: mentir com palavras, com obras, com pensamentos.
Cinco décadas dos Sarney no poder e o Estado exibe 21,5% de analfabetos, 87% de casas sem acesso a rede de saneamento e 65% de pessoas dependentes de ajuda governamental para sobreviver. A primeira estação de tratamento de esgoto só foi inaugurada em 2001! Oito dos vinte municípios brasileiros com pior colocação no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento Humano estão no Maranhão. O mais pobre deles, Centro do Guilherme, se fosse um país, estaria posicionado internacionalmente entre o Quênia e o Haiti.
A luta contra a oligarquia Sarney é a luta dos povos por seus direitos e territórios! Do estudante, do professor, da quebradeira de coco, do quilombola, do trabalhador rural que sofre com o trabalho escravo, do indígena, do pequeno produtor sem terra. É a luta dos trabalhadores do campo e da cidade!
domingo, 26 de setembro de 2010
Recortes
O abraço certo
Sábio é quem disse que o difícil é sair da universidade!
Acordei cedo, ansiosa. Aguardava Paulo trazer a máquina da UFMA para tirar fotos de uma das pautas do jornal Arrocha.
Meu destino? "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias".
Lá fui eu, a pé. Aliviada (Paulo veio...).
Foi uma caminhada só. O sol? Uma benção!
Cheguei 5 minutos atrasada e o pessoal já cogitava um esquecimento provocado pela bebedeira do dia anterior. Engano!
Fomos recebidos por um bispo muito simpático, ainda jovem e de traços conhecidos. Logo descobri que é irmão de um amigo, o Mário.
E foi ele quem apareceu. Mário como sempre simpático nos recebeu muito bem e nos conduziu pelos organizados corredores do templo.
Fotos tiradas. Satisfação profissional? Talvez.
Mas voltei feliz, completa. Apesar do sol de meio dia e do pesado material que trazia na bolsa. Culpa de Mário! Vim pensando em nossa amizade desde o início do curso. Sempre muito atento. Sempre presente. Lembrei momentos em que ele esteve ao meu lado, do seu jeito sempre calmo e seus abraços acolhedores. Ele não é daqueles que sai abraçando a todos e nem a toda hora, é um rapaz reservado, centrado. Abraça-me então nas horas certas, as que mais preciso. Mário é desses que tem o dom de com um abraço e palavras carinhosas nos salvar de um barco em meio à tempestade.
Digo sincera que não recordo nesses três anos um só dia em que Mário olhasse com cara ruim, em que gritasse, em que tratasse alguém mal. É, sair da universidade, definitivamente, é complicado, trabalhoso, às vezes, doloroso. Seja pelo tempo e energia que nos suga, seja pelos amigos que deixamos temerosos por caminhos que não mais se cruzem.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Seca
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Imperatriz não é quintal dos Sarneys!
Haverá nesta sexta, 24, Ato Público organizado pelo movimento Fora Roseana Sarney. A concentração será às 16h00 na Praça de Fátima. O movimento, que teve início na internet, luta contra a oligarquia Sarney, há mais de quarenta anos no Maranhão - uma das principais causas do Estado estar entre os três mais pobres do país.
A proposta maior é incentivar os eleitores a votar em qualquer candidato que não a PMDBista. Campanha semelhante, batizada por NÊLA NÂO já foi realizada nas eleições passadas, resultando na eleição do ex-governador Jackson Lago.
Como o próprio panfleto diz: Ato público em defesa da democracia!
PS – Os acentos ^ foram colocados propositalmente lembrando o bigode do Presidente do Senado, José Sarney – Aquele que pensa que é O dono do Maranhão
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Conhecimento Virtual
As vozes soavam longe, os tons baixos eram fruto de meu sono pesado e insistente.
Logo reconheci Adriano, meu irmão de dez anos e Flávia, a empregada, conversando sobre internet.
F-Não sei como tu aguenta passar o dia nesse computador, não sei mexer nisso não.
A-Pois é facinho. Tu devia comprar um computador pra ti. Tem tudo na internet!
Nesse momento Adriano começou a explicar mil coisas em linguagem desconhecida pela mulher a quem se dirigia. Falava de jogos, e-mail, sites de relacionamento. Ela, por muito tempo, permaneceu calada. Talvez atenta, talvez ignorasse a empolgação da criança.
A fala que Flávia pronunciu em seguida tirou minha dúvida:
F-Adriano, tu sabe aquela personagem da novela das oito que tá doente? Pois é, ela tá doente de verdade óh...
Adriano ignorou o comentário desesperado de quem queria dialogar mas não cabia no assunto: Pois é, compra um computador e o serviço da internet pra tu ver como é bom!
F-Mas tem que pagar internet todo mês né?
A-É, e daí?
Ela disfarçou, pegou o material de limpeza e dirigiu-se a meu quarto onde eu já levantava. Ainda ouvi seu sussurro: - Só se for em 2013!
*Flávia é negra, pobre e não tem acesso a internet (mas não perde uma novela das 8h00).
*Adriano é branco, estuda nas melhores escolas e sempre teve internet em casa (mas nunca vi ele a usando para outra coisa senão jogos e filmes violentos).
*O que é mais importante para bater o bolo: A massa ou a batedeira?
domingo, 19 de setembro de 2010
No tom
meus pensamentos se traem em comparações desconexas
no absurdo imaginário que me permite ouvir Lobão
sonhando com Cartola a dedilhar o violão de madeira
("Ah essas cordas de aço, este minúsculo braço do violão os dedos meus acariciam...")
Lembro-te sempre assim, como a música
Que enquanto ilude a abraçar-me e beijar-me a face
Não permite nem ao menos que eu, fanática e apaixonada, a toque
São carícias fingidas que só conhece quem bem ouve e nada canta.
("Ah, este bojo perfeito que trago junto ao meu peito. Só você violão compreende porque perdi toda alegria...")
A melodia é então platônica. Por mais que perto, distante
Ainda assim, compreende-me, passeia-me, como o nosso amor
Com o tempo vi que há mais que letra, som ou qualquer outra coisa
Há na música alma. Ela transpira, vadia, nossos sentimentos
("E no entanto meu Pinho, pode crer, eu adivinho, aquela mulher até hoje está nos esperando...")
Me esforço por compreendê-la, é preciso boa voz e bons ouvidos
Um sem o outro é vazio, é qualquer som que não encanta, que não preenche]
Dedilha-me como a teu violão para que nosso amor não desafine nem envelheça]
Cante nossos beijos o melhor que puderes que o ouvirei atenta
Até que sejamos um só suor, uma só história, um só ritmo.
("Solte o teu tom da madeira, eu, você e a companheira. A madrugada iremos pra casa, cantando.")
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
CaÔ-MA
Segundo a CAEMA (Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão), em entrevista à Mirante, a falta de água em Imperatriz só durará até novembro.
Fico abestalhada em ver como permitimos com que certas coisas aconteçam, com que determinadas empresas e pessoas ajam com tanto descaso em relação a questões importantes como a distribuição de água. Moro em Imperatriz há 21 anos e sempre foi assim nessa época do ano, a mesma falta de água. Depois é a vez do papelão da prefeitura que nos atolará com a lama resultada da muita chuva e do nenhum saneamento básico.
A CAEMA é só mais uma piada do nosso Estado, que no meio de tantas riquezas, me fere com sua insistência por uma baixa qualidade de vida. Realmente me enojam os Sarneys com sua oligarquia
Em breve denunciarei mais uma falta gravíssima da "nossa" Companhia - A cobrança da taxa de esgoto como obrigatória.
*Como coloquei a um colega - Abençoado é o "Arrocha" (Jornal do Curso de Com. da UFMA/Imperatriz), que traz em sua primeira edição o tema "Águas". Se nossas fotos e matérias não matam a sede d'água, que transbordem conhecimento e indignação.
Jornalismo anti-ético 2. "É ruim pra quê?"
Me indigna que esse caso, e somente este, tenha mobilizado a sociedade imperatrizense e ferido seu ego. Que fique claro que sou de Imperatriz, nascida aqui, e que tenho muito carinho pelo meu berço.
Se nós, como jornalistas, vamos construir o pensamento das pessoas ou ajudar em seu
direcionamento, que seja de forma decente, compromissada. Jornalística.
De nada adianta sermos contra essa reportagem se concordamos ou calamos diante de uma mídia (não só da Rede Globo):
*Antidemocrática;
*Que desrespeita a diversidade;
*Que ignora a formação acadêmica e a regulamentação da profissão;
*Que impõe e condena, transformando grande parcela da sociedade em
fantoches.
Respeitemos nossa profissão!
Esse texto foi escrito por mim no Fórum do Laboratório de Telejornalismo da UFMA/Imperatriz.
Quem quiser acompanhar o debate dos estudantes e contribuir com sua opinião, procure nos grupos do google - http://groups.google.com.br/group/telejornalismo-ufma?hl=pt-BR
Jornalismo anti-ético. "É ruim pra quê?"
"Imperatriz é a segunda maior cidade do Maranhão. Cerca de 236 mil pessoas vivem nela, e mais da metade é pobre. E 26% são analfabetas. A cidade tem um único hospital público grande e 34 postos de saúde..."
1- O IBGE (de onde saíram os dados estes dados acima) é a fonte a que se deve recorrer normalmente, mas acredito ser de fundamental importância que a Rede Globo tivesse esclarecido a data deles, que está ultrapassada. E, sendo bem sincera, muito me surpreende esse alarde pois bem sabemos do nosso alto índice de analfabetismo, bem como do descaso com a nossa saúde, principalmente por Imperatriz atender a pacientes de toda a região. Acredito ser hipocrisia se contentar com tão pouco.
Quanto ao analfabetismo, sei sim que somos pólo “universitário” ou, no caso, de ensino superior. Mas quantos de nós temos real condição de ingressar nessa etapa? Estou sendo objetiva, estão aí nas entrelinhas várias outras questões como qualidade de ensino, valorização do professor etc.
2- A proposta de todo esse quadro é denegrir a fitoterapia, isto é claro. Sabemos bem de todo o contexto histórico da Rede Globo, sempre com seus acordos com as indústrias terceirizadas. Não seria diferente neste caso. Deixo claro que é importante sim e que jamais defendo a postura do professor Antônio Frasão em receitar um remédio sem responder como médico. É simples, ficaram sabendo do professor por ele já estar sendo reconhecido internacionalmente, com premiações e tudo. Um reconhecimento ameaçador a certos segmentos. Convenhamos que, em se tratando de eventos científicos, normalmente conhecidos pela sua seriedade e compromisso com a qualidade de vida, não iam sair por aí distribuindo prêmio pra uma criatura de Imperatriz. Não, não estou me desfazendo da cidade...
3-Sim, temos nada menos que a obrigação de mostrar situações como essa. Primeiro por nosso compromisso com a sociedade. Há ainda outros pontos positivos, é necessário denunciar nossas mazelas como um meio de pressionar o governo a tomar um posicionamento e, de preferência, atitudes. Dizer que está tudo maravilhoso seria ridículo e tiraria uma das principais características do jornalismo – a do denuncismo.
(...)
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Neste último domingo, 12, o Fantástico (mundo de Bob) transmitiu uma reportagem no quadro "É bom pra quê?" falando sobre uma pomada à base de graviola desenvolvida pelo químico e professor Antônio Augusto Brandão Frazão (de Imperatriz) com várias acusações.
Frazão, conhecido internacionalmente pela sua pesquisa, que aponta a graviola como aceleradora na cicatrização e inibidora das células cancerígenas, recebeu a atenção do programa de entretenimento por testar de forma "indevida" o produto e receitar o produto sem ser médico...
Muitos conterrâneos, indignados (não sei se pela moral destruída do químico ou se pelo ego ferido nos dados mostrados pela reportagem...), realizaram nesta quarta, 15, ato público. A manifestação seguiu da Praça de Fátima à TV Mirante, retransmissora local da Globo.
Eu? Estava lá puxando gritos de guerra. Sinto que nesse fim de Curso devo deixar alguns pelo Movimento Estudantil. (Realmente vejo isso como uma atitude muito mais egoísta que coletiva.)
*Em breve deixo minha opinião sobre a postura do Fantástico e do Doutor Drauzio Varella, o médico que acusou o químico de não ser médico fazendo uma reportagem (muito antiética, jornalísticamente falando) sem ser jornalista.
Quinta
Às 4h00 horas acordo assombrada. Três horas! Tudo o que dormi...e mal. Um zoológico de moscas zuadentas, cachorros do vizinho e gatos no telhado se unem ao calor quase insuportável, aos mistérios noturnos que sempre me tiraram o sono e a essa lua clara que, mesmo não sendo vista da varanda, deixa o céu claro como no Dia Branco de Alceu.
Vou ler "O texto na TV", da Vera íris Paternostro...
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Invadida
Acontece de vez em quando de você ter que resolver o mundo e acaba não resolvendo nada. É o estágio que te entedia quando pode estar fazendo mil coisas mas está enchendo lingüiça em frente ao computador. São as disciplinas te cobrando a filmagem de um curta, a assessoria de comunicação da entidade filantrópica, a mega-matéria para o site do curso. É o outro estágio tão solto e sem assistência que não te dá a mínima estrutura. São os relacionamentos desgastados...
Encontrei-me esses dias solta, distante, enlouquecida. Senti saudade de amizades com quem fico horas a fio conversando sobre a vida, sobre como temos passado e sobre como ainda passamos juntos. Criei certo asco das pessoas me cumprimentando sempre com outro interesse, sem perguntar ao menos como vou, sem ao menos dizer bom dia – Como está o trabalho, fez a sua parte? Não, não fiz!
Enfadonho e irônico pessoas que nunca têm atitude de nada reclamando do trabalho “mal feito” de quem se desdobra pra fazer o que era tarefa do reclamão preguiçoso e acomodado. Não me vejo santa, nem calma. É do meu próprio espírito essa inquietude que não me deixa parar. Sei bem dizer não, mas evito, apesar dos tantos nãos que recebo diariamente. E de certa forma me orgulho. Mesmo abrindo espaço para estes tantos que não sabem pedir licença, que não pensam que há outras coisas a serem feitas, outros problemas a serem resolvidos.
Dou-me sim, finjo que tenho tempo, que posso e resolvo. Não mando mensagens dizendo o que tem que ser feito, faço. Tenho meu mau humor, minha arrogância, minha ironia, meu sarcasmo. Tenho meus mil defeitos e não me orgulho de nenhum, nem do orgulho por si. Mas como queria que se lembrassem que sou humana tanto quanto e que, se me vêem tão transparente e disposta, é porque a porta é de vidro mas nem por isso deve-se deixar de bater.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
*
alguma irremediáveis, dolorosas, inesquecíveis.
Outras superáveis ou suportáveis, talvez.
Mas sei que só se perde o que se tem
e se tive, que feliz fui
Guardo ainda na lembrança o elo
menos tangível, nem por isso menos verdadeiro
Os amigos que se desprenderam,todos foram sem adeus
Soltando-se devagarinho, sem despedida ou tristeza
Quando vi já não estavam mais, já não eram...
Ficaram só os improváveis, os de última hora
Raros persistiram e para os raros digo adeus todo dia
Para que não cometamos o mesmo pecado de ir sem abraçar,
para estes digo adeus na esperança de que fiquem
*Pena que não pude me despedir do abraço amigo de quem me ensinou a simplicidade de deixar livre, de aceitar que a partida é inevitável e bela.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Além
A estrada é meu lar. Ao tempo em que sou passageira, estou em casa! Viajo-me antes de tudo!
(Arte de José Maria Machado http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://fineartamerica.com/images-medium/casa-da-estrada-real-jose-maria-machado.jpg&imgrefurl=http://fineartamerica.com/featured/casa-da-estrada-real-jose-maria-machado.html&usg=__kwa0XZgxh9HFQ-pK8x7a3VF1nAQ=&h=345&w=423&sz=27&hl=pt-BR&start=13&um=1&itbs=1&tbnid=yuJgV3E1htNcUM:&tbnh=103&tbnw=126&prev=/images%3Fq%3Dcasa%2Bna%2Bestrada%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26tbs%3Disch:1)
quinta-feira, 29 de abril de 2010
A um porto
Não serei eu a definir teu destino como um Deus;
Mas te digo, quase consciente, que o destino é teu
E que são tuas as escolhas de todo esse caminho
Não meu anjo, esse não é trabalho meu
Mas está nelas sim tudo o que te espera e tudo que tu espera
Aprenderás que cada nova cicatriz é irmã do tempo,
Uma velha lembrança, um dia a menos.
Desconheço toda tua sina, teus empecilhos, tuas vitórias
Pois sei bem, ou no mínimo desconfio, de minha ausência
E covarde fico ao pensar que onde for não estarei
Nem em ti, nem em mim, nem em ninguém.
Quando o pai tempo me levar pra ti em pensamentos
Fecha os olhos e me vê sorrindo
Como quem estranha e ama
Uma criança que encantou a uma velha cigana.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Vão
Minhas narinas estão entupidas e minha pele impregnada com o cheiro azedo e impuro do suor de todas as loucuras cometidas.
Só teu amor me salva e eu nem o quero mais,já nem amo mais nosso amor... Nem ele escapa do medo que se tem no fim.
Perdoa as lágrimas. É mal do homem criar essas defesas para enganar os outros ou a si mesmo. Te quero ainda em meus sonhos, o único lugar onde minhas mãos dormentes e cansadas te alcançam, onde ainda são intensas as batidas do coração.
"Nem falo no teu nome quando estou jogando..."
terça-feira, 20 de abril de 2010
Odes apego!
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Partido oferece curso de formação política no município
O Curso será na avenida Bernardo Sayão, nº 1443, bairro Nova Imperatriz, sala 01 e a idéia principal segundo Wilson Leite, presidente do Partido na cidade, é oferecer oportunidades de formação às lideranças sindicais, ajudando na direção de suas entidades.Será trabalhados quatro eixos: A sociedade em que vivemos; Riqueza e pobreza; A exploração capitalista: salário, mais-valia e acumulação; Estado e ideologia.
A previsão é de uma turma de 25 pessoas, sendo 10 filiadas ao partido e as demais estudantes ou sindicalistas. A inscrição segue até o dia 15 no valor de R$10,00 para os estudantes e R$ 20,00 para os demais, e nela estão inclusos lanche e almoço em ambos os dias. Os sindicatos são prioridade, mas quem se interessar pode encaminhar um e-mail para tae_wilson_lee@hotmail.com.
Desalmada
que ninguém deve lembrar
Teu nariz chato, tua boca fina e delicada,
teus cabelos lisos e volumosos, tua cor morena...
e teu cheiro, que ainda me faz tão bem, aconchego!
Mas por mais que busque em minha memória
não vejo teus olhos, eles me fogem...
Visitas cega as minhas lembranças
Logo eles, a "janela da alma"!
Por onde andava tua alma na hora do adeus?
domingo, 18 de abril de 2010
Querer
e neles te sinto real, forte e sincero.
Os mesmos passos se repetem, delírio por delírio,
a cada dia.
Minhas mãos estremessem com teus toques e meus olhos
brilham, enfeitiçados.
Como posso fugir se tua cor é a minha,
se o teu cheiro é o meu,se tua paz me paralisa
e contigo sinto a calma que ninguém me trouxe?
Me segura com teu abraço e diz que está por perto
e que me espera tanto ou mais.
Não me deixa acordar que a realidade me sufoca
e enlouquece os meus sentidos!
domingo, 11 de abril de 2010
"Estou aqui, em Arari..."
E por mais que se faça algo a voz insiste, persiste. Tudo me deixa, menos o ócio, essa impressão de não fazer nada com um mundo pra resolver.
Talvez seja a sensação de um roteiro que já devia estar pronto mas está por vim, de uma visita combinada que foi trocada pela cama quentinha e uma tarde de preguiça, dos fatos que gritam na rua: - Estou aqui e sou notícia!
E passo direto...nem sei pra onde e nem sei qual o fim da estrada..Sigo mas penso que estou parada.
Sabendo que tenho mil coisas, que o mundo me espera mas que ele, definitivamente, não dá carona pra quem não abre a porta e se joga com o carro andando, continuo eu pensando e indo...para algum lugar, pra lugar nenhum!
De volta! (De algum lugar...hah!)
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Mas isso não me impede de ter essência, de ter ideais.
Fui semente no ventre de minha mãe e hoje sou do vento e das terras onde piso.
Se já me firmei semente, "me desfirmo"!
Meu maior compromisso? Comigo!
E tenho comigo o compromisso de fazer pelos outros quando sinto que devo, quando sinto que posso!
Nasci assim, semente, e desejo ser plantada nos corações, enraízar, frutificar.
Às vezes, meus frutos apodrecem em falhas, em pequenos delitos, mas sou semente, modifico.
domingo, 3 de janeiro de 2010
“É preciso passar o país a limpo”?
Situações como essas remetem às falhas em vários setores fundamentais no país. Primeiro pergunta-se como uma pessoa que não respeita ao próximo (próximo esse inclusive que mantém o seu emprego com a audiência) pode ser um jornalista? Digo isso várias vezes ofendida, como futura jornalista, como telespectadora, como cidadã e como humana que acredita que a dignidade faz o homem.
Casoy foi vítima (ou ator) de uma tentativa ousada de marketing, isso é claro e patético mas prova o quanto é real essa guerra travada entre a informação séria e o sensacionalismo. Mais claros ainda só os fatores que levam comentários como esses à nossa televisão – uma educação falha e uma cultura plastificada que só aparece no fim do ano, que é a única época em 365 dias em que é possível um gari aparecer de maneira positiva na mídia (certo, também temos os comerciais da Marquise em Imperatriz).
Que possamos começar em 2010 como já deveríamos ter começado há muito – refletindo quais são os nossos valores e qual a sua validade dentro dessa sociedade muda e congelada. Que daqui pr’a frente e não só hoje nós possamos sim, dentro da mídia boicotada e mentirosa, dos bancos das praças abandonadas com grama até as canelas, dos auditórios cheios de cadeira quebradas e vazios de pessoas, dos parques cheios de lixo por falta de garis, das filas eternas dos bancos públicos, do trânsito maldito e desrespeitoso falar o que realmente for produtivo e fazer a diferença,RESPEITANDO e gritando “do alto de nossas vassouras” que exigimos EDUCAÇÃO, CULTURA, OPÇÕES DE VIDA, por um país mais limpo!
*PS-A frase usada como título é frequentemente usada em seus textos no Jornal da Band.